11.8.08

O lago

O manto de estrelas a cobria
O céu noturno era um palco de luzes estrelares
E o Astro Mãe btilhava em seu aspecto cheio.
Ao seu redor, o silêncio musical da floresta:
insetos, animais, o vento, as folhas, o rio e o lago.
Distraída, apenas ouvia o respirar de Gaia e seu pulsar
De repent, seus olhos cintilam
Um estalo
Ela se levanta, correndo até o lago
Os pés descalços acostumados a relva sentem as pedras como carícias
E a vegetação como afago
Ofegante, joga-se na beira do lago
Nele, um espelho aquático do céu
Um leve tremor agita as estrelas na agua
E ela vê um reflexo de um rosto que não é o seu
Um calor a percorre apesar da brisa fria
O rosto do amado na água, resplandece para ela
Olhos de sol, sorriso que vem da alma
O coração se sente calmo e acelerado ao mesmo tempo
Um sorriso consolado inunda-lhe os lábios
Uma lágrima cor de estrela cai de seu olho
Direto na imagem do lago
Num impulso ela tenta tocar a imagem
Que se desintegra ainda mais
A boca num 'oh' de espanto e tristeza recebe a mão molhada
Ela fecha os olhos
Sente um beijo indireto nesse sabor
Olha o lago novamente, apenas o céu
- Ainda não, mas logo. Logo.
Ela vai esperar
Feliz e triste
Feliz por amar e triste por esperar
Levante-se com aquele mesmo sorriso nos lábios
Olha para a Lua e mais uma lágrima insiste em cair
Discplicente enxuga-a com os dedos molhados
molhando o rosto que brilha para a Mãe
Numa prece sincera pede a Ela
As bençãos e curas do amor
Aquelas que só o amor sabe dar.

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